27 de mai. de 2011

Fotos: Brincar in imagens

Jogo jogado no terreiro da rua
Brincadeira de Oxaguian
Quero ser sempre menino Xângo
Há um menino, há um moleque correndo solto no meu coração!
Falange do êre

20 de mai. de 2011

Ponteiro no pulso do dia


O hoje logo mais já
se fará ontem.
Tudo que vive já morou dentro de um vidro chamado
futuro.
 Dono de sutilezas femininas, esse tempo,
guia o agora pela via do acabar-se por ali.
Mais adiante estaremos la’ também. 
Tome nota: todo hoje pode vim -a- ser ontem.  

RVC

16 de mai. de 2011

Aforisma poetorum



http://rafaelvatecaetano.blogspot.com

Certa vez ouvira do incerto:
_Tem que ser menos poeta.
O que é ser menos poeta?
_Não apaixona-se diariamente nos encontros com as coisas.
Desde então resolvi ser poeta.


RVC

13 de mai. de 2011

10 de mai. de 2011

Nênia

A porta aberta é coetânea a nós.
Um agora vagabundo espreita da rua,

Algo chama para sair e não para entrar.

Vadia-se...

Companheira fiel é ainda a fuga, a escrita. 

RVC

9 de mai. de 2011

Do insertificante


Insertifica

Inserticante

Inserto

Insertado

Insertamente.

RVC


5 de mai. de 2011

Moer o tempo

Viver sozinho não quer dizer sofrer.
No estomâgo da noite há

sempre um verso por acontecer.

Depois da caneta ferir o papel,

as cinzas dum cigarro moem

o tempo da solidão.

RVC

4 de mai. de 2011

As Horas

A carta, o e-mail e a pergunta não requerem
uma resposta agora.

Eles descansam no tempo.

Seu rio custará muito a passar.

Por enquanto dormem

A carta, o e-mail e a pergunta.


RVC

3 de mai. de 2011

Ulisses cansado



Ontem o mar invadiu a Rio Branco.


Viu-se todo aquele asfalto mareado

Pela maresia vinda de brinde

Com as ventanias cariocas.

Ontem também construíram um farol
perto da Ouvidor.

Deve-se dali avistar bela mulher, mistérios, canto

E, quem sabe, um bocadinho de terra

Para a vista.

Ontem o mar invadiu a Rio Branco.

RVC