Para Cida mãe; repatriata no meu peito.
no pé da favela
éramos eu
a viola e um pouco de saudade
da nossa dança.
Daquele vazio bonito
eu fiz um samba.
Lá fora a vida era festa,
um bloco que se ia,
uma alegria que sambava.
Tudo corria pra ela.
Tudo guardava um pouco dela.
Na quarta o céu era choro,
cinza e resaca.
o vazio ainda era bonito.
Então
outro samba
compus pra ela.
Depois só ficou o samba,
Ficou o samba.
Sambo.
RVC